A loja de produtos importados situada na Rua Major Facundo que desabou na última segunda-feira (17) começou a ser demolida na noite de terça-feira (18). A recomendação do procedimento foi feita pela Defesa Civil. “O objetivo dessa demolição é eliminar o risco que a estrutura comprometida poderia causar aos pedestres como também a lojas vizinhas”, disse o coordenador da Defesa Civil de Fortaleza, Cristiano Férrer.
Defesa Civil informou que as demais paredes da loja serão demolidas até o próximo sábado (22). Participaram dos procedimentos equipes da Defesa Civil, Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), Guarda Municipal e Companhia Energética do Ceará (Coelce). A demolição foi feita pela empresa JR Projetos e Construções.
No dia do acidente, a mulher do proprietário da loja e os três filhos estavam no local. A mulher e a filha mais nova foram salvas. As outras duas crianças não sobreviveram.
Os corpos das duas crianças mortas foram velados na tarde desta terça-feira em uma funerária do Bairro Dionísio Torres. A garota An Xin Qiu,10 anos, e o menino Kang Qiu, 8 anos, não resistiram aos ferimentos causados pelo desabamento do teto da loja dos pais. O sepultamento está marcado para a manhã desta quarta-feira (19). Outras quatro pessoas ficaram feridas no acidente e já receberam alta.
Reforma irregular
A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) visitou no fim da manhã desta terça-feira, a estrutura da loja. Segundo o engenheiro civil especializado em Engenharia Diagnóstica e Patalógica das Edificações, Lawton Parente, a obra no prédio era realizada de forma irregular e não havia a presença de um profissional regulamentado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE).
“Identificamos no primeiro momento, através da visão da edificação vizinha, que realmente estava ocorrendo um serviço na parte do telhado. Na parte coberta da loja e os profissionais estavam estocando material, como telhas, na laje que ruiu. Infelizmente, essa laje cedeu e junto com o material de estoque da loja se fez uma composição de cargas que veio a colapso”, avaliou.