A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou nesta sexta-feira (17), em reunião da mesa diretora, dois anos de licença não remunerada para o ex-ministro da Educação Cid Gomes(PROS), servidor da casa e ex-governador do Ceará. A aprovação foi unânime e deve ser publicada na próxima edição do Diário Oficial do estado. O pedido pode ser renovado por mais dois anos, segundo a assessoria da Assembleia.

Cid Gomes deve morar nos Estados unidos com a família. Quando era governador, ele dizia que assumiria um cargo no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), nos EUA. O ex-ministro é servidor da Assembleia desde 1985 e esteve licenciado durante o cargo de governador do Ceará, de 2006 a 2014.

 

Segundo o Ministério Público de Contas, durante o período em que foi ministro da Educação, Cid Gomes acumulou a remuneração dos cargos de ministro e servidor da Assembleia Legislativa do Ceará. Em janeiro deste ano, ele recebeu R$ 34.105,87 com os dois cargos, acima do teto do funcionalismo público. Segundo o Ministério Público de Contas, a remuneração conjunta com cargos efetivos e comissionados foi permitida por lei por ser temporária.

 

Após 76 dias no Ministério da Educação, entre janeiro e março, o ex-governador e ex-ministro deixou o cargo no ministério após reforçar na Câmara dos Deputados a crítica de que entre os parlamentares havia "300, 400 achacadores", afirmação feita para estudantes em evento no Pará. "Larguem o osso, saiam do governo", afirmou, no plenário na Câmara, após convocação de Eduardo Cunha (PMDB).