A Justiça determinou a prisão de empresários e uma servidora da Câmara Municipal, suspeitos de fraudes em licitação de Quixadá, no Sertão Central. As prisões são um desdobramento da Operação "Casa de Palha", deflagrada em abril deste ano. Além destes, o Ministério Público requereu a prisão preventiva de Milton Xavier Dias Neto, conhecido por “Neto Dias”, advogado e genro do atual prefeito, Ilário Marques. No entanto, o pedido foi indeferido. Os mandados foram cumpridos durante esta terça-feira (21).

Entre os investigados, apenas o sócio da Construtora Salles e Araújo, Ricardo de Sousa Araújo, não foi encontrado. Foram presos: Felipe Brito de Sá e Jonatas Ferreira de Lima, ambos sócios da FJ Engenharia Assessoria e Serviços. Além deles, foi presa a servidora da Câmara Municipal, Paula Renata Bento Bernardo. A Justiça, no entanto, negou o pedido de prisão preventiva de Milton Xavier Dias Neto, conhecido por “Neto Dias”, advogado, genro do atual prefeito de Quixadá, Ilário Marques, e diretor executivo do Consórcio de Saúde de Quixadá.

O presidente da Câmara Municipal de Quixadá, Francisco Ivan Benício de Sá, foi preso e afastado do cargo por 180 dias, sem deixar de receber o salário. A defesa pediu habeas corpus, mas ele foi negado. A servidora presa também já tinha sido afastada. 

Com o intuito de apurar crimes contra a Administração Pública no município, as investigações apontam para a existência de crimes de fraude em licitações, peculatos e outro ilícitos ligados à realização de obras de engenharia no município de Quixadá.