O zika vírus, que está relacionado aos casos de microcefalia no país, é transmitido através do mosquito Aedes Aegypti. Sintomas como vermelhidão na pele e nos olhos, dores no corpo e febre baixa surgem e desaparecem em até uma semana. A medida mais eficaz ainda é combater o mosquito, mas repelentes, telas de proteção e mosquiteiros também podem ajudar. Grávidas procuram se proteger para os bebês não nascerem com a doença.

Em Fortaleza, a procura por instalação de telas de proteção aumentou cerca de 100% nos últimos 15 dias. Elas podem ser adquiridas em lojas físicas ou através de sites de vendas, onde o interessado tem contato direto com o vendedor. Há lojas que vendem e instalam o produto, e outras que apenas vendem a tela, ficando a instalação por conta do comprador.

“Aqui na loja a venda aumentou 100% nos últimos 15 dias. Não tenho como dizer se as clientes eram grávidas porque a gente só faz o orçamento e depois os funcionários vão instalar. Mas acredito que elas estejam sim, se protegendo de toda forma”, explica Rejane Lima, secretária da Proterede.

Uma janela pequena, com a dimensão de 1 metro por 1,20 metro, custa entre R$ 300 a R$ 400 e demora até 10 dias para ser instalado. Para quem deseja comprar apenas a tela mosquiteira e instalar sozinho, a loja Leroy Merlin vende 1 metro a partir de R$ 12.

A maior procura também foi registrada na loja Uditelas. Com 17 anos no mercado, o proprietário José Maria Girão reconhece que sempre que surgem notícias de dengue e chikungunya a procura aumenta. “Na última quinzena então, veio muita gente. Não gosto de falar de preço, mas é bem acessível, e a instalação demora no máximo 10 dias”, afirma. Além da tela mosqueteira, a empresa trabalha com um sistema exclusivo de vedação que pode ser utilizado nas caixas d’água.

O que é a microcefalia?

Condição tida como rara, trata-se de uma má formação no cérebro que pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 centímetros. O defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores, como substâncias químicas, agentes biológicos infecciosos, como bactérias, vírus e radiação.

“O vírus atravessa a placenta e compromete a formação do sistema nervoso central, principalmente no primeiro trimestre de gestação”, explica a neuropediatra infantil Margarida de Pontes Medeiros.

Prevenção
A população pode colaborar na prevenção das doenças evitando o acúmulo de água e lixo que atraem os mosquitos. Repelentes, telas e mosquiteiros também são aliados nessa prevenção. Usar roupas claras que cobrem o corpo é outra alternativa. 

Não são apenas as grávidas que estão suscetíveis a ter a doença, mas todo e qualquer cidadão. Então, o principal combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti ainda é não deixar água parada. Para isso, o ideal é sempre verificar locais na sua casa que possam servir de armazenamento de água e fazer uma limpeza.

Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e vedadas, piscinas devem ter tratamento de água com cloro e manter latas de lixo fechadas. Ao observar alguma situação em que você não possa resolver, deve avisar imediatamente a um agente público de endemias para que uma medida eficaz seja tomada.